16/17 de Julho 2011 – Peregrinação Nacional do MMF

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Decorreu nestes dias a Peregrinação Anual do MMF. A igreja da Santíssima Trindade quase se encheu para a principal actividade da tarde do dia 16, que incluía Adoração e abordagem das mensagens do Anjo de Portugal. As reflexões sobre este tema foram da responsabilidade do reverendo  Padre  Jorge Guarda, Vigário episcopal da Diocese de Leiria.

Entre as principais ideias por ele desenvolvidas salientamos:

1. Há vários tipos de adoração: perante o Santíssimo, exposto ou não, numa igreja ou fora dela, durante o dia, durante a noite, em privado ou em público, em qualquer momento, em qualquer local …a isto se referindo Cristo quando disse que era chegada a hora de se adorar a Deus em espírito e verdade (Jo 4, 23-24). Basta entrar em si próprio e adorar, com palavras ou sem elas.

2. Quando pedimos “perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam, não amam”…nós estamos em primeiro lugar na lista desses e também estamos em primeiro lugar quando praticamos a Reparação pelos pecados (os nossos e os dos outros).

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3. O cerne (centro) da Mensagem de Fátima é a Conversão, pedida por Nossa Senhora. Não foi explicado porque é a Conversão e não a Eucaristia, como muitos pensam e afirmam. Tentemos explicar porquê!

Costumamos referir-nos à Eucaristia como sinónimo de Missa e como sinónimo de Comunhão Eucarística. A Eucaristia (Missa + Comunhão) é o centro da vida da Igreja, como os Papas e os teólogos reconhecem, mas, no caso  da Mensagem de Fátima, o centro é o binómio Pecado-Conversão. Para um católico, a  Eucaristia só tem sentido se houver Conversão verdadeira. Não havendo, a Comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo torna-se sacrilégio e motivo de condenação eterna. Já S. Paulo alertava para isso: “Quem come e bebe o Corpo e o Sangue do Senhor indignamente come e bebe a sua própria condenação…” (1 Cor,11,29). A Missa, para quem não a frequenta ou a frequenta sem conversão, também de nada lhe valerá. A conversão consiste em obter, pelo arrependimento, promessa de emenda e Confissão Sacramental, o perdão dos pecados, atingindo assim o estado de graça (amizade com Deus), depois de,  firme e definitivamente, largar qualquer situação de pecado grave em que se viva permanentemente ou em que se caia esporadicamente.  Só depois disto a Missa e a Comunhão do Corpo de Cristo adquirem verdadeiro sentido e eficácia para as almas. E quanto à Conversão, foi pedida a nossa própria e a  de todos os pecadores. “Vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e reze por elas” (Aparição de Julho de 1917). Toda a Mensagem do Anjo de Portugal e da Virgem Maria em Fátima gira à volta do Pecado, das suas consequências, das suas causas, da conversão, da reparação, da expiação, da adoração, da salvação eterna e da condenação eterna.

No Domingo, dia 17, coube à Equipa Diocesana de Coimbra a orientação da Adoração Eucarística entre as 4.00 e as 5.00 horas da madrugada, presidida pelo Pe António Loureiro, Director Espiritual  no Seminário Maior de Coimbra, o que foi feito na Basílica com  a presença de  bastantes adoradores, apesar da hora.

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